Felizmente, há sempre
surpresas nas grandes competições desportivas, especialmente nas de futebol.
Umas maiores do que outras, é verdade, mas sempre surpresas. Estou certo de que
só os mais pessimistas admitiriam antes do jogo começar que a selecção
argentina iria perder por margem expressiva.
A Argentina é, digamos
assim, uma velha nação do futebol, já venceu o Mundial em 1978 e tem em
Maradona a grande estrela, acima de muitos outros grandes futebolistas da
selecção alviceleste, enquanto a Croácia é uma jovem nação em tudo. Portanto,
até no desporto mais popular do planeta, a que Pascal Boniface já baptizou de
«único fenómeno verdadeiramente globalizado».
A Argentina perdeu e
perdeu bem. Messi mal se viu e os companheiros de equipa nunca foram capazes de
se superiorizarem aos croatas, individual e colectivamente. Os argentinos podem,
sim, lamentar ou queixar-se da intervenção azarada do guardião Caballero, mas
no mais devem assumir que estiveram muito aquém do que podem e sabem, táctica e
estrategicamente. Um ponto, um golo marcado e quatro sofridos em dois jogos é
pecúlio muito fraco. Ainda não está eliminada, mas já depende de terceiros.
Humilhante esta derrota?
Não! Como se diz na gíria, é futebol. E ainda bem que há surpresas… A
popularidade do futebol deve-lhe muito.
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