segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Direitos ameaçados

 


Diogo Cardoso Oliveira assina hoje (22/11/2021), no Público, um bem elaborado trabalho sobre o que ele considera a «”mordaça” oculta que cala os futebolistas».

Na base deste trabalho estão regulamentos existentes nos clubes profissionais de futebol e práticas que calam futebolistas e árbitros. Até parece que nuns e noutros o cérebro não existe para pensar nem a boca para falar.

O protesto, já se sabe, é logo punido com um cartão amarelo, mas se o insulto visar a mãe do árbitro o vermelho será de imediato levantado diante do nariz do prevaricador.

Porém, se o protesto ou opinião emitida visar o treinador, as escolhas feitas ou as tácticas e estratégias adoptadas, ou visar também decisões tomadas pela Direcção do clube, o castigo é mais do que certo. E de castigo não se livra igualmente o árbitro que decida criticas ou discordar de decisões e condutas da Direcção da associação ou organismo em que estiver filiado.

Como diz o jornalista do Público, «no futebol, falar não é para todos. No “reino do medo”, com mais mordaças e menos liberdades, jogadores, treinadores e árbitros são castigados quando falam de mais. A liberdade de expressão é um direito ameaçado».

 

O antigo internacional português, Marco Caneira, com carreira feita em Portugal e no estrangeiro, diz ao Público que lá fora é igual. E acrescenta que só conheceu um caso de um clube onde os capitães debateram o regulamento com o director responsável. «São praticamente iguais, vêm com indicações da UEFA e não fogem muito uns dos outros». 

 


 

 



Mas a UEFA é uma entidade de direito privado, pelo que somos levados a pensar que não pode sobrepor-se ao direito da República Portuguesa e de outros Estados. Contudo, pelos vistos, não são só os futebolistas, os treinadores e os árbitros que se calam.

E nem sempre é só a liberdade de expressão que é cortada aos jogadores. Vezes sem conta, os clubes decidem ir também ao bolso dos futebolistas, fazendo cortes nos respectivos salários, como parece ser o caso do Bayern de Munique, para castigar os jogadores que têm recusado a vacina contra a Covid-19. São eles Joshua Kimmich, Serge Gnabry, Jamal Musiala, Eric Maxim Choupo-Moting e Michael Cuisance.

Ninguém duvida que a ausências desses futebolistas dos treinados e, consequentemente, dos jogos, por terem de fazer quarentena e de assegurar a cura, causa ou pode causar sérios prejuízos desportivos e financeiros ao clube, mas será que, num Estado de direito, como é a Alemanha, pode uma entidade empregadora agir desse modo sem autorização do tribunal? Não estamos aqui também perante um direito ameaçado? O direito à expectativa do pagamento da remuneração acordada entre as partes. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Geraint Thomas recuperou a bicicleta

 

Estou de volta ao meu blog e espero ter mais estórias para contar.

O campeão olímpico de 2016 (contra-relógio) e vencedor da Volta à França em 2018 apanhou um susto que não vai esquecer depressa. Um destes dias, parou para tomar um café, fazendo uma pausa no treino, em Menton (sul de França), e, quando voltou à rua, a bicicleta tinha «voado» sem deixar rasto.

Mesmo assim, a sua máquina de trabalho foi recuperada rapidamente. «Vejam lá o que apareceu por aqui», escreveu o corredor britânico da Ineos Granadier no Twitter, legendando uma fotografia, onde aparece numa esquadra da Gendarmerie, junto de três agentes e a sua bicicleta Pinarello.

«Quero agradecer todo o apoio e empenhamento da polícia de Menton, graças à qual este episódio terminou da melhor maneira», acrescentou Geraint Thomas, sem explicar em que estado estava a bicicleta.

Vem aí o futuro!

    O SNS vai melhorar, os médicos vão trabalhar menos e ganhar mais, os professores vão receber o atrasado, a TAP só vai dar lucro... O Pa...