segunda-feira, 7 de julho de 2025

 

𝑵𝒐𝒗𝒂 𝒋𝒂𝒏𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒆 𝒐𝒑𝒐𝒓𝒕𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒐 𝒇𝒖𝒕𝒆𝒃𝒐𝒍ê𝒔

Vem aí uma nova época futebolística e, com ela – não é difícil imaginar – mais uma temporada de futebolês. Até lá, sem deixar de reconhecer a força e a beleza que o sentido figurado da linguagem podem transmitir, vou reflectindo sobre coisas que tenho dificuldade em entender.

Digo isto, porque nunca vi a flor da relva nem as orelhas da bola, nem nunca vi alguém rematar para a defesa, mas sim para o golo. Se marca, ou não, é uma coisa; se o guarda-redes defende e o nega, é outra.

Já agora, seja-me permitida uma incursão no politiquês para confessar que nunca percebi por que motivo a oportunidade há-de ter uma janela e não uma porta, para reconhecer também dificuldade em entender como se pode atacar uma segunda bola, se as regras do jogo não permitem duas em campo. E já nem quero falar daquela ideia de o jogador rematar com o pé que tem mais à mão, nem das bolas longas, que pensei que eram só utilizadas no râguebi, se é que bola se pode chamar a um autêntico melão!

Estranhíssima linguagem esta que põe jogadores a bascular. Como? Se bascular significa fazer rodar sobre um eixo vertical, baixando uma das extremidades e elevando a outra. Aquilo que fizemos muitas vezes com os nossos filhos e netos, sentando-nos numa extremidade da tábua e ele ou eles na outra – em jeito de baloiço de sobe-e-desce – num parque infantil, mas nunca num campo de futebol.

Lamento não encontrar o pequeno bloco, no qual, ao longo da época passada, fui anotando erros e disparates. Assim, enquanto não começa a nova temporada, confesso que já estou com saudade de ouvir mais umas quantas calinadas, para que póssamos continuar a rir e fáçamos de conta que está tudo bem. Eu é que gosto da má-língua.

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