tag:blogger.com,1999:blog-31373281635809344652023-11-16T11:33:18.257+00:00À Margem de Certa ManeiraUnknownnoreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-14184903824206890202023-11-08T17:27:00.000+00:002023-11-08T17:27:15.344+00:00Vem aí o futuro! <p> <span style="font-family: arial;"> </span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: arial; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;">O SNS vai melhorar, os médicos vão trabalhar menos e ganhar mais, os professores vão receber o atrasado, a TAP só vai dar lucro... </span></p><p><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;">O País vai ficar rico e os jovens ficam todos cá; as reformas vão aumentar e os impostos vão baixar.</span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: arial;">Desculpem, era eu a sonhar!</span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-77398301181746637312023-11-01T19:01:00.001+00:002023-11-02T11:10:51.075+00:00Deixa-me perceber como conduzes e dir-te-ei quem és<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Entre a ponte sobre o
caminho de ferro (Santa Apolónia) e a rotunda de acesso à Avenida Coronel
Eduardo Galhardo, a Avenida Mouzinho de Albuquerque tem um equipamento de
limitação da velocidade que beneficia o infractor. Tanto a subir como a descer,
exceder os 50 km/hora provoca passagem do amarelo intermitente a vermelho e,
hoje, quem ali passa diariamente, sabendo assim é, não falta quem aproveite a
deficiência e... acelere, porque sabe que... passa. E quem vem atrás, respeitando a lei, vê a marcha interrompida pelo sinal vermelho, que cai logo que alguém supera o limite da velocidade estipulado para esta artéria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É um dos expedientes dos chicos-espertos, que
os há, e muitos, nesta cidade e neste país. Mas não é o único. Estacionar em
segunda fila também poderia ser visto como tal, sobretudo quando o condutor sai
do carro, deixa os piscas de advertência ligados — como se isso fosse um pedido
de desculpa — e vai às compras ou simplesmente tomar café. Por vezes, tendo, até,
bem perto, espaço para estacionamento. E se por acaso foi interdito à viatura
que conduz, mal por mal, pelo menos não estancaria momentaneamente o trânsito. Nestes
casos, porém, apelidar tais condutores de chicos-espertos será sempre muito
simpático. Malcriados é o que eles são.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Gente sem civismo é,
porém, o que mais se vê no trânsito citadino e nas estradas nacionais. Diria
mesmo: deixa-me perceber como conduzes, dir-te-ei quem és. A própria viatura
parece dar estatuto a quem o conduz. Se ando num carro com mais de trinta anos –
e tenho um, que utilizo para as minhas pequenas voltas – ouço com frequência: Ó
velhote não podes andar mais depressa! Contudo, com a outra viatura mais
modernas e, digamos, de gama média/alta, já ouvi arrumadores de carros
tratarem-me por engenheiro, doutor e arquitecto. Sou apenas um jornalista reformado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">E se há aquele que não
abdica de conduzir na esquerda como lesma numa parede, não falta também o
apressado ziguezagueando nas vias rápidas citadinas ou nas auto-estradas, pondo
em risco a vida dele e de outros. Uns e outros irritam-me tanto ou mais do que
aquele ou aquela que chegam a uma bicha e se nos dirigem, perguntando: não se
importa que passe à frente, estou com pressa. Mas se esquecem de nos perguntar
primeiro, se não estamos também com pressa. Contudo, mais me irrita ainda ver
agentes da PSP assobiarem para o ar perante as infracções. Vivo em frente a um
supermercado, diante da entrada do qual há uma grade de linhas amarelas, a
qual, segundo o Código da Estrada, delimita uma área onde não se pode passar,
parar e ou estacionar, sob risco de bloqueio. No papel, claro! Na prática, não
vejo nada disso. Pelo contrário, assisto ao, por vezes bem incomodativo
espectáculo de buzinadelas do camião que vem abastecer o supermercado ou da
incomodativa vibração no prédio provocada pelo trabalhar do motor. E quem fazem
os agentes da PSP? Recolhem-se no interior da esquadra ou fingem não ver nem
ouvir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Chego a acreditar que há
portugueses que, se pudessem, entrariam de carro no supermercado, para fazer as
compras, ou no café, para beber uma cerveja! <o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-32715025675802973792022-11-19T18:36:00.000+00:002022-11-19T18:36:34.339+00:00Possam os «media» aproveitar os palcos abertos ao mundo para denunciar o que está mal e promover as boas causas<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSbCczOIQc2xTs8a_YiWDuSAzoD_WF3ruyeCKRAELcFsGTGBZrl42vk39Z6E4tsj45SPbqXx52DO3eoOgaxyofCF25n8btGa091gR9VTxHVGJGisHB37LuUNCaK1IlNzadPLkua0qFVQnb5WjOsvDZ64U7mU3B7ZLq3B7M1tPMlA65fYhrYCP6v_5rgQ/s670/transferir.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="670" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSbCczOIQc2xTs8a_YiWDuSAzoD_WF3ruyeCKRAELcFsGTGBZrl42vk39Z6E4tsj45SPbqXx52DO3eoOgaxyofCF25n8btGa091gR9VTxHVGJGisHB37LuUNCaK1IlNzadPLkua0qFVQnb5WjOsvDZ64U7mU3B7ZLq3B7M1tPMlA65fYhrYCP6v_5rgQ/w400-h225/transferir.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O
Campeonato do Mundo de futebol começa, amanhã, em Doha, capital do Catar. Neste
torneio, o mais mediático de todas as grandes competições desportivas deste ano,
participam as selecções nacionais de 32 Estados. Porém, nenhum tão pequeno como
o minúsculo emirado do Golfo, que quer ser gigante a qualquer preço e até à
custa da violação de direitos humanos. O Catar tem estado, por isso mesmo, a
ser alvo de críticas. Justificadas, diga-se, por mais que o presidente da FIFA
venha agora tentar rebatê-las com argumentos que não eliminam as evidências. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Seja
como for, quando a bola começar a rolar, no Estádio Lusail, em Doha, no jogo
inaugural (Catar-Equador), o ritmo e o tom das críticas vai baixar seguramente,
como tem acontecido ao longo da história. Mas isto não significa que o Mundial
não possa nem deva ser aproveitado em prol de boas causas como o combate ao
racismo e à xenofobia, a defesa dos direitos laborais, entre outras, em prol da
tolerância, do entendimento entre os povos e da paz. Em resumo, em defesa dos
direitos humanos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os
palcos estão abertos ao mundo, a milhões e milhões de pessoas em todo o
planeta. Queiram e possam público e jornalistas aproveitá-los. </span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não faltam exemplos demonstrando que os estádios foram, têm sido e podem
continuar a ser palcos de manifestações de contestação a poderes estabelecidos
ou de reivindicações de todo o tipo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Recorde-se,
a final da Taça de Portugal de 1969, no Estádio Nacional, entre Benfica e
Académica, em que a equipa de Coimbra jogou de faixa branca no braço como sinal
de luto e protesto contra a repressão policial que se abatera sobre a academia.
Neste caso, a política impôs mesmo o seu poder, ao impedir que uma das estrelas
da equipa academista, Artur Jorge, que estava a fazer a tropa em Mafra, fosse
dispensado para poder participar nesse jogo. Motivo: o regime considerava-o o
cabecilha do protesto.</span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em
Espanha, durante o regime franquista, o Barcelona, para os catalães, ou o
Atlhetic Club Bilbao, para os bascos, representavam o mesmo tipo de afirmação ante
o Real Madrid, o clube de Franco e de Espanha. Podia-se falar basco ou catalão
nos estádios, o que não era possível noutros lugares públicos. Os dois clubes
eram símbolos da resistência, simultaneamente étnica e política, à tirania. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 2.85pt; margin-right: 2.85pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Veja-se
o caso da Argentina, cuja ditadura militar organizou o Campeonato do Mundo de
1878, seguramente com o objectivo de que o mundo a reconhecesse. A história já
tinha mostrado que a participação com êxito ou a organização de grandes eventos
desportivos como Jogos Olímpicos ou campeonatos do Mundo permitiram por essa
via a legitimação de regimes ditatoriais e autoritários. Entre os piores
exemplos estão o Mundial de 1934, na Itália do ditador fascista, Betino
Mussolini, e os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, quando à frente da Alemanha
já estava o líder nazi, Adolf Hitler.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 2.85pt; margin-right: 2.85pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na
Argentina, porém, aconteceu precisamente o contrário. Nunca de modo tão intenso
foi a ditadura militar tão duramente criticada. Os estádios transformaram-se
durante a competição nas maiores concentrações populares, uniu o povo argentino
em torno da sua selecção, de tal modo que o seleccionador nacional, Luís César
Menotti, e vários futebolistas dedicaram a vitória ao povo e não ao país ou ao
regime e, além disso, a imprensa internacional acabou ser veículo de denúncia
das atrocidades cometidas pelos militares. Nas bancadas dos estádios, ouviu-se
com frequência a multidão a gritar: <i>se va acabar, se va acabar, la dictadura
militar</i>!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">«O
desporto é uma linguagem universal e, no melhor das suas capacidades, há nele
um poder agregador, unindo as pessoas, quaisquer que sejam a sua origem, meio
social, convicções políticas, crenças religiosas ou a sua situação económica».
A frase é do antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e foi
proferida na cerimónia de lançamento do Ano Internacional do Desporto e da
Educação Física, em 2005. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 2.85pt; margin-right: 2.85pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-7395383111095156732022-06-09T12:39:00.004+01:002022-06-09T13:15:30.797+01:00LEMBRANÇA<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVfjYgh6Sexjdmzdcajvah-SYcan1w_o0zhpCpxiexIE_WcFpQHa01329FUFeFBMOd5dq1rW-94BfNIKEBfGiuWq9Pb-b9GRzCadd9P3RPSxVuiAhvFMS0mN-5tBwJq64powKGCsCjg8F-WbzVdntB0PcNCnRgAJK4EO_Y6N_D_rGRVAezUWwMEMSpJg/s450/Adrianocorreiadeoliveira.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="250" height="108" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVfjYgh6Sexjdmzdcajvah-SYcan1w_o0zhpCpxiexIE_WcFpQHa01329FUFeFBMOd5dq1rW-94BfNIKEBfGiuWq9Pb-b9GRzCadd9P3RPSxVuiAhvFMS0mN-5tBwJq64powKGCsCjg8F-WbzVdntB0PcNCnRgAJK4EO_Y6N_D_rGRVAezUWwMEMSpJg/w60-h108/Adrianocorreiadeoliveira.png" width="60" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">LEMBRANÇA – Fiz quase 3.000 quilómetros de comboio para estar na primeira Festa do Avante, vindo de Berlim (ex-RDA). Sem EP – desconhecia que era preciso comprar com antecedência – já pensava que ficaria à porta da antiga FIL, quando, de repente, vejo diante de mim aquele homem grande de barba, o Adriano, que conhecia de Lisboa e que voltei a reencontrar numa das idas dele ao Festival da Canção Política, em Berlim. E foi com ele que consegui andar no meio daquele mar de gente, bebericando em tudo que era stand com petiscos regionais e um copo. Em boa hora. Por tudo. Acima de tudo, por uma bela amizade, ainda que curta. Mas inesquecível. Oiço emocionado a tua voz cristalina com enorme saudade. Um forte abraço, Adriano, onde quer que estejas.</span><br /><o:p></o:p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">https://www.youtube.com/watch?v=yPT_Ka0ajOI</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-14449737872008259082021-11-22T18:29:00.000+00:002021-11-22T18:29:58.588+00:00Direitos ameaçados<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-fJZa_knDhFN1zTpQtNB9gsWr0ofwKzfibRDIR1aQQnOX4NocAgCFFkl_DMApGLkZTK_BbtwnQ937Few9JptfmZK7Fu9PzkI8-hmtVN37hlvQZK92O0r5TnvWoorXMfYlnZA9eXGbPdLg/s528/Captura+de+ecr%25C3%25A3+2021-11-22+172744.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="528" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-fJZa_knDhFN1zTpQtNB9gsWr0ofwKzfibRDIR1aQQnOX4NocAgCFFkl_DMApGLkZTK_BbtwnQ937Few9JptfmZK7Fu9PzkI8-hmtVN37hlvQZK92O0r5TnvWoorXMfYlnZA9eXGbPdLg/w520-h276/Captura+de+ecr%25C3%25A3+2021-11-22+172744.jpg" width="520" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16pt; text-align: left;"><br /></span></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Diogo Cardoso Oliveira
assina hoje (22/11/2021), no <i>Público</i>, um bem elaborado trabalho sobre o que ele
considera a «”mordaça” oculta que cala os futebolistas». <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Na base deste trabalho
estão regulamentos existentes nos clubes profissionais de futebol e práticas
que calam futebolistas e árbitros. Até parece que nuns e noutros o cérebro não
existe para pensar nem a boca para falar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O protesto, já se sabe, é
logo punido com um cartão amarelo, mas se o insulto visar a mãe do árbitro o
vermelho será de imediato levantado diante do nariz do prevaricador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Porém, se o protesto ou
opinião emitida visar o treinador, as escolhas feitas ou as tácticas e
estratégias adoptadas, ou visar também decisões tomadas pela Direcção do clube,
o castigo é mais do que certo. E de castigo não se livra igualmente o árbitro
que decida criticas ou discordar de decisões e condutas da Direcção da
associação ou organismo em que estiver filiado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;">Como diz o
jornalista do <i>Público</i>, «<span style="color: #231f20;">no futebol, falar não é
para todos. No “reino do medo”, com mais mordaças e menos liberdades,
jogadores, treinadores e árbitros são castigados quando falam de mais. A
liberdade de expressão é um direito ameaçado». <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;">O
antigo internacional português, Marco Caneira, com carreira feita em Portugal e
no estrangeiro, diz ao Público que lá fora é igual. E acrescenta que só
conheceu um caso de um clube onde os capitães debateram o regulamento com o
director responsável. «São praticamente iguais, vêm com indicações da UEFA e
não fogem muito uns dos outros». </span></p></div></blockquote><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjyF7S5IikldhFVqZsBVd5V7xXswlzmzuCyP46amXq9h6syvQ3HehL299ORlqZoNuXdSKjUR1SBE04oqnXNDDOHzYD-Ad655_MHXd2US9SLl1cyrAmQqdcUsf5i08jy893E_Xy4lL2aZf/s672/Captura+de+ecr%25C3%25A3+2021-11-22+173225.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="672" height="165" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjyF7S5IikldhFVqZsBVd5V7xXswlzmzuCyP46amXq9h6syvQ3HehL299ORlqZoNuXdSKjUR1SBE04oqnXNDDOHzYD-Ad655_MHXd2US9SLl1cyrAmQqdcUsf5i08jy893E_Xy4lL2aZf/w562-h165/Captura+de+ecr%25C3%25A3+2021-11-22+173225.jpg" width="562" /></a></div><br /><p> </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16pt;">Mas
a UEFA é uma entidade de direito privado, pelo que somos levados a pensar que
não pode sobrepor-se ao direito da República Portuguesa e de outros Estados.
Contudo, pelos vistos, não são só os futebolistas, os treinadores e os árbitros
que se calam.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;">E
nem sempre é só a liberdade de expressão que é cortada aos jogadores. Vezes sem
conta, os clubes decidem ir também ao bolso dos futebolistas, fazendo cortes
nos respectivos salários, como parece ser o caso do Bayern de Munique, para
castigar os jogadores que têm recusado a vacina contra a Covid-19. São eles Joshua
Kimmich, </span><span style="background: white; color: #323232; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Serge Gnabry, Jamal
Musiala, Eric Maxim Choupo-Moting e Michael Cuisance</span>.</p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="color: #231f20; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 16.0pt;">Ninguém
duvida que a ausências desses futebolistas dos treinados e, consequentemente,
dos jogos, por terem de fazer quarentena e de assegurar a cura, causa ou pode
causar sérios prejuízos desportivos e financeiros ao clube, mas será que, num
Estado de direito, como é a Alemanha, pode uma entidade empregadora agir desse
modo sem autorização do tribunal? Não estamos aqui também perante um direito
ameaçado? O direito à expectativa do pagamento da remuneração acordada entre as
partes. <o:p></o:p></span></p><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-78676115713351460892021-11-15T18:04:00.000+00:002021-11-15T18:04:45.712+00:00Geraint Thomas recuperou a bicicleta <p> </p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #2e3745; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Estou de volta ao meu blog e
espero ter mais estórias para contar.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #2e3745; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6DtDqiJZRgNWJIirxnV0TfkHrq9M6dOgG9lYp6d-ZSUBtCHwJqVklanf0LKP2mN4B6MQqMQBrf46MOL8cy_LJwdm-7zAv8omrgtzeSsLHknMl6dNxrCpeL210M0MQv6XD9qXZCSmv_3re/s600/depositphotos_299679362-stock-photo-the-cyclist-geraint-thomas-tour.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="407" data-original-width="600" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6DtDqiJZRgNWJIirxnV0TfkHrq9M6dOgG9lYp6d-ZSUBtCHwJqVklanf0LKP2mN4B6MQqMQBrf46MOL8cy_LJwdm-7zAv8omrgtzeSsLHknMl6dNxrCpeL210M0MQv6XD9qXZCSmv_3re/w254-h172/depositphotos_299679362-stock-photo-the-cyclist-geraint-thomas-tour.jpg" width="254" /></a></div>O campeão olímpico de 2016 (contra-relógio)
e vencedor da Volta à França em 2018 apanhou um susto que não vai esquecer depressa.
Um destes dias, parou para tomar um café, fazendo uma pausa no treino, em
Menton (sul de França), e, quando voltou à rua, a bicicleta tinha «voado» sem
deixar rasto.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #2e3745; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Mesmo assim, a sua máquina de
trabalho foi recuperada rapidamente. «Vejam lá o que apareceu por aqui», escreveu
o corredor britânico da Ineos Granadier no Twitter, legendando uma fotografia,
onde aparece numa esquadra da Gendarmerie, junto de três agentes e a sua
bicicleta Pinarello.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #2e3745; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">«Quero agradecer todo o
apoio e empenhamento da polícia de Menton, graças à qual este episódio terminou
da melhor maneira», acrescentou Geraint Thomas, sem explicar em que estado
estava a bicicleta. <o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-36355989059784988852020-09-03T19:01:00.002+01:002020-09-03T19:01:46.334+01:00MEU PESAR POR DITO <p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg019vKu_r8_-Wpxbd0yWWStP0iYZXcgAgW1Od7KxAprtGTeLBIFPaJYCXPRN4ZBgQg0QAM2j_AOeEMmodZHiBWYvNJu579nC2miBhxZI6NRqbD9O5JIXQ3FGz2gZ1KWLyWTTP8udeuL_KE/s920/DitoVarzim.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="518" data-original-width="920" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg019vKu_r8_-Wpxbd0yWWStP0iYZXcgAgW1Od7KxAprtGTeLBIFPaJYCXPRN4ZBgQg0QAM2j_AOeEMmodZHiBWYvNJu579nC2miBhxZI6NRqbD9O5JIXQ3FGz2gZ1KWLyWTTP8udeuL_KE/s320/DitoVarzim.jpg" width="320" /></a></div><br />Há notícias que recebemos como socos no estômago. Uma delas
é a da morte de <span style="background: #F8F9FA; color: black; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Eduardo José Gomes Camassele Mendes</span>,
ex-futebolista e ex-treinador de futebol popularmente conhecido por Dito,
diminutivo de Eduardo que o acompanhou toda a vida. <p></p><p class="MsoNormal">Foi um dos primeiros
grandes jogadores que entrevistei, no regresso a Portugal após os anos de
Berlim. A primeira, quando ele começava a evidenciar-se no Sp. Braga. Foi em
Apúlia, num dos restaurantes de peixe junto à estrada, creio que «Os Mudos». </p><p class="MsoNormal">A obtenção
da segunda foi mais difícil. Desejado pelo FC Porto e pelo Benfica, os
concorrente de A BOLA desejavam o mesmo que nós. Valeu aí ele ser o que se
imagina de quem tinha a alcunha de «Mula», creio que criada por Quinito, outra
grande figura do clube minhoto. </p><p class="MsoNormal">Dito alinhou comigo na proposta que lhe fiz e
garantiu que a entrevista seria minha. Como o pai era galego e tinha família na
Galiza, eu dei uma notícia falsa, colocando dito em Vigo, e, um dia depois, lá
estávamos nós a conversar em Barcelos, sua terra natal, no belo jardim das
Barrocas, acho que é assim que se chama, a escassas centenas de metros da viela
onde o pai tinha uma tasquinha. </p><p class="MsoNormal">Dito foi para a Luz, mas deixamos de nos ver
com a frequência com que o encontrava em Braga. Mesmo assim, ficámos amigos. Meus
sentidos pêsames à família.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-24877971295875540452019-10-14T17:48:00.003+01:002019-10-14T18:06:42.509+01:00Continência justifica e pede monumental assobiadela<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib1ekk3VNlxAorhAKSqj3lZGvmF-5WzcTwpLNkFdAJw6ZzgpNyvbiT5MuXyZGM8g6CX6LB6NSjlxr4Tn8GrlJ80zXmpXoawTO44yRoBi5cO2aQLZ47RI9EKUGBOGC-Dq0YdmOxW15BXsl2/s1600/Turquia+contin%25C3%25AAncia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="735" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib1ekk3VNlxAorhAKSqj3lZGvmF-5WzcTwpLNkFdAJw6ZzgpNyvbiT5MuXyZGM8g6CX6LB6NSjlxr4Tn8GrlJ80zXmpXoawTO44yRoBi5cO2aQLZ47RI9EKUGBOGC-Dq0YdmOxW15BXsl2/s320/Turquia+contin%25C3%25AAncia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Desporto e política nem sempre andaram de mãos dadas. A
relação entre ambos ora hoje é pacífica como amanhã pode ser conflituosa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Regra geral é a política que mais procura tirar proveito do
fenómeno desportivo, pelo que não espanta que sejam quase sempre os governos
quem primeiro se interessam e se dispõem a financiar e organizar os maiores
acontecimentos desportivos como jogos olímpicos e campeonatos da Europa e do
Mundos das mais diversas modalidades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Contudo, dada a popularidade do futebol, o único fenómeno
verdadeiramente globalizado, esse império ao qual todos se submetem e onde (por
enquanto) os Estados Unidos não mandam, a ele todos se encostam, sempre que se
trata de promover o que quer que seja: um produto, um homem, uma política, um
regime, uma mensagem… E nem sempre pelos melhores motivos nem para os melhores
propósitos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vem isto a propósito do França-Turquia de hoje, à noite, e
da continência feita por vários jogadores turcos no final do jogo com a
Albânia, no passado dia 11, em Istambul, e que terminou uma vitória turca por
1-0. O chefe de Imprensa da FIFA disse ao jornal <i>L’ Équipe</i> que o comportamento dos jogadores turcos será analisado
em sede própria. Porém, até agora, não é conhecida qualquer tomada de posição.
E, contudo, UEFA e FIFA trazem os árbitros bem instruídos para não tolerarem qualquer
acção dos jogadores visando promover qualquer tipo de mensagem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não sabemos o que pretenderam os jogadores turcos com a
continência, mas se ela representa apoio ao governo do presidente Erdogan e do
seu governo, escolheram mal a causa. Não merece simpatia nem aplauso que apoia
políticas repressivas e genocidas, como quem ataca o povo curdo com brutalidade
cega sobre populações civis e tapa as orelhas para não ouvir os protestos da
comunidade internacional. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Se a cena for repetida hoje, no <i>Stade de France</i>, em Paris, que todos aqueles que condenam tamanha
agressão ao povo mártir curdo tenham coragem e descarreguem sobre eles uma
monumental assobiadela! Nesse caso, eles devem ser encarados e tratados como
membros de um exército inimigo.<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"> </span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-86837664290142634002019-08-15T18:40:00.002+01:002019-08-15T19:39:36.344+01:00A queda de quê?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpP1Ct8YQlHA8R6amI77GhdVgN0a9G7Pc9216I9-GrMpB8cqx25ETGgJ8es5eeIOHWCKeQ2qzwEwIWZ5bRy5iOXntRbxOfbNXsv3I9L9KVBfITN8htMONlscSfJshax2gE8ZFTQVkWfCYe/s1600/preview-A_Bola-759x500.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="759" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpP1Ct8YQlHA8R6amI77GhdVgN0a9G7Pc9216I9-GrMpB8cqx25ETGgJ8es5eeIOHWCKeQ2qzwEwIWZ5bRy5iOXntRbxOfbNXsv3I9L9KVBfITN8htMONlscSfJshax2gE8ZFTQVkWfCYe/s200/preview-A_Bola-759x500.png" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E ei-lo que, de repente, aparece,
com assinatura e foto, a anunciar a «queda do jornalismo». Se não estou errado,
mais de trinta anos passaram desde que chegou ao meio, onde, afinal, nasceu e
sempre se alimentou. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto pretende ser uma análise
à realidade actual da Comunicação Social portuguesa, mas lê-se nele também
muita frustração, desalento e sobretudo culpabilizações, as quais, no entender do
autor do texto, justificam o insucesso. Desde logo, o polvo digital, cujos
tentáculos impedem os outros de crescer. No entanto, esqueceu-se ele e outros como ele que
andaram anos a fio a dar tudo de borla e parecem agora estar surpreendidos, quando verificam que, depois
de terem tentado fechar a torneira, poucos tenham mostrado interesse em abri-la.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esses foram também os anos em que
atirando para fora da casa os que achava que tinham «privilégios e direitos
adquiridos» e que aos novos, que «tiram espaço aos mais velhos», foi oferecendo
contratos precários, aniquilando memória e experiência, ao mesmo tempo que,
voluntária ou involuntariamente, incrementava a insegurança e o medo, vírus
que afectam seriamente o jornalista e, claro, o órgão no qual trabalham. Enfim,
contribuiu decisivamente para a quebra de qualidade e da credibilidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Queixa-se de predadores e até
aponta nomes de alguns – Google, Facebook, Amazon. Pois é, sabe-se e já se
sabia, há muito, que os gigantes do digital absorvem e reproduzem sem pagarem direitos
pela informação que outros produzem. A queixa é justificada, mas que fez ele, ao
longo dos anos, contra isso? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Curiosamente, sempre entendeu que
os jornalistas da casa que administra não tinham os mesmos direitos que agora
reivindica face à avidez das multinacionais da comunicação. No entender deste
homem, o jornalista ideal é qualquer coisa do tipo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Repórter
MacGyver</i>: escreve para edição papel, reproduz na edição <i style="mso-bidi-font-style: normal;">online</i>, faz uma peça para a TV e outra
para a rádio (se também tivesse), tudo pelo preço de um salário, de
preferência… mínimo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mundo digital veio, sem dúvida,
alterar o panorama da Comunicação e da Informação mas não pode ser
culpabilizado por tudo. Há erros próprios, alguns deles bem graves, mas sobre
eles nem uma palavra. É preferível responsabilizar os outros: a Entidade
Reguladora da Comunicação e a Autoridade da Concorrência. Já agora, por que não
também a Autoridade para a Condições do Trabalho, da qual sempre fugiu como
diabo da cruz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem tanto contribuiu para a
quebra da qualidade e da credibilidade de um órgão de informação como A BOLA não pode vir agora falar da «queda do jornalismo», mas sim da «queda de um jornal».<o:p></o:p></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-64492770809537374822019-07-25T18:40:00.000+01:002019-07-25T18:40:03.046+01:00Afinal como é com o sol na moleirinha?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWebfUx4HzkHfcddBYu4P7ZLKfFV_J8Pkqsq6KeuAh7X4VstAaUp9kOn8RgyiGLkyv6ESAepKGy-B-aLhJUDHUhyphenhyphenmSXM8Oa4Rj2pJ8rekgMXTyvFXdyX0nLmO7ZfYjPGusZ2VLGmpctTot/s1600/transferir.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="159" data-original-width="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWebfUx4HzkHfcddBYu4P7ZLKfFV_J8Pkqsq6KeuAh7X4VstAaUp9kOn8RgyiGLkyv6ESAepKGy-B-aLhJUDHUhyphenhyphenmSXM8Oa4Rj2pJ8rekgMXTyvFXdyX0nLmO7ZfYjPGusZ2VLGmpctTot/s1600/transferir.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">Acabei de ver o noticiário das 17.45 do canal alemão RTL e, claro, a canícula que atinge a Europa central foi, naturalmente, tema de abertura e de reportagem em vários pontos da Alemanha, em alguns dos quais foram registados mais de 40 graus à…sombra. Ora, tendo presente que as construções – habitações e/ou empresas – são na sua esmagadora maioria pensadas e erigidas em função do Inverno – frio, chuva, neve – imagino o sofrimento. De t</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">al modo que o partido Os Verdes já veio a terreiro pedir dispensa de trabalho na parte da tarde e sugerir negociações entre sindicatos e patrões. Os alemães sabem agora o que custa trabalhar sob a inclemência de um sol abrasador. Alemães, holandeses, belgas e até nórdicos… Só espero que é eliminem a partir de agora essa ideia feita de que nós, aqui no sul do continente, não passamos de preguiçosos, sempre à espera da… <i>siesta</i>. Afinal, como é? Agora já sabem o que é levar com sol em cheio na moleirinha?</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-70869358770711195392018-08-01T19:44:00.000+01:002018-08-02T00:38:13.184+01:00Volta a Portugal – Que fazer com este calor de… morrer?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNspi2I85ZUFK5YmF7DRev4KvzeVFZTeME8KTNV57PdCRNQjwGbVA_OQMcRPq7MC-X75zfAor2c6g8XMfOXCHWS1a7DzqmmORHB-GoOamqZNwBGKc_sDbz5kIuhQBX07lj33y6dayYKDyc/s1600/ciclismo-no-calor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="366" data-original-width="550" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNspi2I85ZUFK5YmF7DRev4KvzeVFZTeME8KTNV57PdCRNQjwGbVA_OQMcRPq7MC-X75zfAor2c6g8XMfOXCHWS1a7DzqmmORHB-GoOamqZNwBGKc_sDbz5kIuhQBX07lj33y6dayYKDyc/s320/ciclismo-no-calor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Hoje, vai ser preciso água para tudo: para beber e para refrescar</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Houve um ano – não sei qual, mas
seguramente nos primeiros do novo século – em que a chefia de A BOLA entendeu
enriquecer a cobertura da Volta a Portugal com crónicas de quatro convidados.
Foram eles, a jornalista Diana Andringa, o poeta Joaquim Pessoa, o actor António
Reis e o maestro Vitorino de Almeida e foi-me atribuída a tarefa e a honra de
os acompanhar. Uma experiência inesquecível que não me importaria de repetir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Pois bem, desde então, estou convencido
de que todos eles, se já gostavam de ciclismo, mais ficaram a gostar e recorda
dessa experiência a designação de «cavalheiros da estrada» criada pela Diana,
para enaltecer respeito e admiração pelos corredores. Joaquim Gomes, hoje
director da prova, ainda corria e foi um dos que lhe apresentei e com ela
conversou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Vem isto a propósito de, pouco depois da
cerimónia protocolar de investidura de camisolas, em Setúbal, a Diana me ter
enviado a seguinte mensagem: «Martins Morim, faz sentido manter as etapas da
Volta com o golpe de calor e as poeiras em suspensão? Não percebo nada de
desporto, mas acharia de bom gosto suspendê-la». <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">«Fazer sentido, não faz», respondi-lhe,
acrescentando: «Melhor seria partir bem cedo de manhã, mas os compromissos comerciais
mandam». Mas, depois, lembrei-me de que houve um ano em que tremi de frio nos
Alpes sob temperaturas negativas e neve; que outra vez, a meio da Serra Nevada,
paramos o carro para comprar um fato de treino bem quentinho e mais um
agasalho, porque em Granada estavam mais de 20 e tal graus e eu estava de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">shorts</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">t-shirt </i>e lá no alto o frio era de rachar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">«Pois, mas não faz sentido tanta
recomendação sobre o perigo dos próximos dias e, depois, não alterar um evento
desportivo, que, obviamente, está muito dependente das condições atmosféricas.
Calor, poeiras, ozono…», respondeu ela, acrescentando: «Os jornalistas desportivos
podiam fazer artigos sobre isso, ouvir pneumologistas…» Concordo e acrescento:
pneumologistas e/ou outros. Aqui fica a sugestão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Mas esta troca de mensagens trouxe-me
também à memória uma chegada à Senhora da Graça – em 1991 ou 1992 -, cujo verde
da copa das árvores que protegiam os corredores na subida tinha sido comido
pelo fogo e transformado o monte Farinha em cenário lunar. Ainda hoje tenho nas
narinas o cheiro a queimado e recordo o drama do então director da Volta,
Serafim Ferreira, receando que o fogo impedisse o final da etapa lá no alto. Recordo
também – e creio igualmente que nos anos 90 do século passado (estou mesmo a
escrever de memória sem possibilidade de consultar arquivos – que, na sua
primeira experiência como director desportivo, então ao serviço da Tensai St.ª
Marta/Mundial Confiança, Marco Chagas ter dito que se equivocou nos litros de
água necessários para atravessar o Alentejo e que tiveram de encher garrafas
nas fontes que encontraram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Mas, voltando ao ponto de partida: vão
ter vida difícil os corredores nas etapas de amanhã e depois – duas travessias
do Alentejo (Santigo do Cacém-Albufeira e Beja-Portalegre), com partida à hora
do sol a pique (12.35 e 12.30, respectivamente), mas não se pense que as
seguintes serão mais fáceis, para mais já com montanha pelo meio. O fresco só
quando chegarem a Viana do Castelo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">PS:
Já agora, camaradas, vejam lá o que os médicos têm para dizer. Já agora também,
não me batam se a memória me atraiçoou em algum facto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-47674291513424376362018-08-01T12:58:00.000+01:002018-08-01T14:12:26.676+01:00A febre dos directos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1GmJ4y7huYZXjCmlJS1n0VRnASW0WdEsbJhkfRP4Z_lGyzV_FOUg_KKxlAM9Kp3_w46ZV_VKTsIj3cKkbipitjRwx5zZbTpPsrJJcBf_bkL90ZPoeRNpzOfFKO_VJw6PHpkxhADozJR7R/s1600/JuditeSousaPedrogao.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1GmJ4y7huYZXjCmlJS1n0VRnASW0WdEsbJhkfRP4Z_lGyzV_FOUg_KKxlAM9Kp3_w46ZV_VKTsIj3cKkbipitjRwx5zZbTpPsrJJcBf_bkL90ZPoeRNpzOfFKO_VJw6PHpkxhADozJR7R/s320/JuditeSousaPedrogao.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quando o espectáculo (macabro) se sobrepõe à informação</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Em Portugal, as televisões fazem
directos por tudo e por nada. As mais das vezes para nada acrescentar ao que já
se sabe. Por vezes, vê-se até que os repórteres de todos os canais estão
separados por pouco mais de um metro, dizendo o mesmo com palavras diferentes. Há
quem lhe chame jornalismo de matilha. A insistência na presença do repórter
diante da câmara dá até a impressão de que eles devem pensar que a notícia são
eles. De tal maneira, que, por regra, aparecem antes dos protagonistas do
acontecimento ou de imagens do que supostamente está na origem do directo. E,
depois, quantas vezes com um palavreado pobre e tosco, falam-nos do que vão
mostrar e, como possamos não ter entendido, repetem-nos o que acabáramos de ver
e ouvir. Outro exemplo da importância dada à visibilidade do jornalista é a
saída para a rua para dizer duas ou três frases numa peça que pode ser
ilustrada com imagens bem escolhidas e com recurso a voz <i style="mso-bidi-font-style: normal;">off</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Quando o acontecimento é considerado
importante – campeonatos da Europa ou do Mundo de futebol ou congressos de
partidos, por exemplo – a coisa fia mais fino e, ao apresentador das notícias
em estúdio, segue-se, por norma, mais um ou dois no local do acção, quase
sempre um editor ou editora e quase sempre aperaltados como se fossem para um banquete
de gala. Nos congressos, por exemplo, a presença do editor e/ou da editora deveria
significar garantia de melhor conteúdo, mas quase sempre se constata que é,
afinal, uma questão de forma. Para os conteúdos, estão lá comentadores
convidados ou avençados. Para o resto do trabalho, há uns quantos ou umas
quantas para <i style="mso-bidi-font-style: normal;">acartar</i>, como gosta de
dizer o meu amigo, Zé Manuel Freitas. Que fazem o mesmo que os editores:
perguntas aos políticos. Com uma diferença, editor e convidado estão sentados;
os repórteres no terreno andam por ali a pé.<u> </u></span><span style="font-size: 14pt;">Vejo isto e fico a pensar no que alguém
me disse, não sei quem nem quando: em televisão a vedeta é sempre a notícia e
nunca o repórter. Este só o é em caso de morte ou de situações de excepção como
rapto, violência, etc..</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Mas o directo não é um mal em si. O mal
está em não se saber quando, em que condições e com quem fazê-lo. Dar vida a
uma peça não é gritar, não é explorar dramas e tragédias e muito menos ampliar histerias. O repórter de imagem deve saber escolher ângulos e o jornalista
deve ter a preparação e a experiência necessárias para agarrar o telespectador
pela forma segura e serena com que vai veiculando a informação. E nem sequer
tem de estar diante da câmara. Quando muito, aparece no final, para se despedir.
De outro modo, se faltar este grau de exigência o directo só pode gerar mau
jornalismo, acima de tudo porque torna o jornalista descuidado, pouco exigente e pouco ou nada rigoroso na acção e na palavra e faz com o que o espectáculo se sobreponha à informação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Será que as chefias não têm disso uma noção exacta? A avaliar pelo número de
jovens que atiram para a fogueira, parece que não. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-22328792168987247272018-07-17T12:55:00.002+01:002018-07-17T12:55:48.958+01:00Provedores pedem que RTP reduza notícias de futebol e não difunda discurso agressivo <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<b>Retirado da página da Diana Andringa no Facebook. Reproduzo com gosto. Afinal não sou só eu que se preocupa com o que apelido de ideologia 3G e outros males que atingem o futebol. Urge repensar a programação que lhe é dedicada. No serviço público, pelo menos. </b><br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHZ6Yj5pb4KZF8rYFBYkFXdG_q6yQmh4rSK19vaqc1L_7oVBDiO7VHW4NYoQzQ_cp1gamlLIAhhmrWEDTknZd105JUkyIob2HIY2kvyEWnqwBbMYMFifbuM5ImzmGlXklKR6GeCcFzvPIb/s1600/Ginga_-_TV_digital.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="725" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHZ6Yj5pb4KZF8rYFBYkFXdG_q6yQmh4rSK19vaqc1L_7oVBDiO7VHW4NYoQzQ_cp1gamlLIAhhmrWEDTknZd105JUkyIob2HIY2kvyEWnqwBbMYMFifbuM5ImzmGlXklKR6GeCcFzvPIb/s200/Ginga_-_TV_digital.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Os provedores do ouvinte e do telespetador da RTP defenderam que o serviço público de rádio e televisão deve reduzir as notícias sobre futebol nos noticiários e não difundir um discurso agressivo em torno do futebol.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Em comunicado hoje divulgado, os provedores João Paulo Guerra e Jorge Wemans fizeram seis recomendações que os canais e estações de rádio da RTP devem cumprir na próxima época <span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">de futebol, nomeadamente de que a "RTP deve abster-se de dar a voz a todas as figuras conhecidas por fomentarem o estilo incendiário".</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
Já quando essas figuram ocupam lugares institucionais, dizem, os seus depoimentos devem "ser reduzidos ao estritamente necessário imposto pela agenda informativa".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Defendem ainda que a RTP deve "reduzir o número e a importância conferida às notícias sobre futebol nos serviços informativos", para que cumpra o objetivo de "oferecer informação diversificada e atenta aos vários temas que marcam a atualidade", e recordam que muitas modalidades só têm visibilidade pelo serviço público, pelo que deve ser-lhes dada "atenção, cobertura e notoriedade que lhes permita progredir em termos de público e praticantes".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Sobre os trabalhadores, dizem que a RTP "devem defender os seus profissionais e proporcionar-lhes meios de defesa jurídica quando eles sejam acusados sem provas, injuriados por sistema e mesmo agredidos fisicamente, como aconteceu no final da Taça de Portugal de futebol, no Jamor".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Dirigido apenas à televisão, pedem os provedores que haja a "quebra do quase monopólio que os ditos 'três grandes' clubes detêm no canal que emite debates sobre futebol nacional".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Para João Paulo Guerra e Jorge Wemans, a RTP3 "não pode deixar de igualmente oferecer um outro programa em que regularmente participem adeptos dos restantes clubes da I Liga".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Na rádio, por sua vez, querem que na transmissão de futebol haja "mais relato e menos comentários nos 90 minutos de jogo".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Os provedores do ouvinte e do telespetador da RTP fazem estas recomendações, apesar de considerarem que por várias vezes o serviço público de rádio e televisão se absteve de veicular acusações de agentes e intermediários desportivos sem provas, de participar em alegadas conferências de imprensa sem direito a perguntas ou não ter albergado "nenhum dos programas em que o insulto, o excesso e a gritaria são a imagem de marca".</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Contudo, dizem, "pode e deve fazer mais, sobretudo tendo em conta a gravidade da situação a que se chegou e que ameaça contaminar todo o espaço público de debate e discussão"</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Dinheiro Vivo on line</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">17.07.2018</span></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-79331044352039140622018-07-14T15:09:00.000+01:002018-07-14T15:09:22.461+01:00Futebol na TV ou os perigos da ideologia 3G<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLttupC7dxwy57sV0Uhmr_NIBOkb4m0tFVXGvvJU9QLdt2ZTLrdcKubo1VQDfYALRru7Ru3sv50sYtFi8nrdDhiEzqHlPWrnviLlEu0h7UjQzyBoJ5vnGfyj773LA_NdUflSLTJp91bQTp/s1600/Smart-TV-Slim-LED-50-Full-HD-Samsung-50F5500-de-frente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="348" data-original-width="445" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLttupC7dxwy57sV0Uhmr_NIBOkb4m0tFVXGvvJU9QLdt2ZTLrdcKubo1VQDfYALRru7Ru3sv50sYtFi8nrdDhiEzqHlPWrnviLlEu0h7UjQzyBoJ5vnGfyj773LA_NdUflSLTJp91bQTp/s200/Smart-TV-Slim-LED-50-Full-HD-Samsung-50F5500-de-frente.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Já foram os «Donos da Bola», já fizeram
«Jogo Limpo», mais tarde acrescentaram, «Trio de Ataque», «Mais Futebol» e «Prolongamento».
Outros nomes de programas de televisão dedicados ao futebol poderiam sem
mencionados. Estes foram os que primeiro me vieram à cabeça e até dão jeito. Os
nomes, claro, que o conteúdo, as mais das vezes, quando não mesmo por regra,
está longe de poder satisfazer quem quer que seja com um mínimo de bom senso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Tal como nos programas de cariz política
se verifica que há uma ideologia marcando claramente raciocínio e pensamento
dos comentadores – neoliberal, diga-se – uma outra, ainda que mal disfarçada,
se percebe também nas palavras dos que alegadamente comentam futebol, que bem
poderia ser designada por 3G, tal a submissão aos chamados três grandes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Nas transmissões dos jogos em directo
ouve-se com frequência o comentador recorrer, entre outras expressões, ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bloco alto </i>e ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bloco baixo</i>, ainda que sem qualquer afinidade com uma outra (bloco
central), esta retirada da linguagem política. Seja como for, a ideologia 3G
representa aqui o poder e quem a defende não tolera que outros possam sequer
aproximar-se deles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Assim, se para muitos desses
comentadores o poder político em Portugal só deveria estar nas mãos do PS e do
PSD, no futebol o poder deve continuar a ser feudo do FC Porto, do Benfica ou
do Sporting, de alianças pontuais entre eles ou dos três em conjunto. São os
que vendem, dizem os defensores da programação televisiva dedicada ao futebol.
E que vendem as televisões: tricas e brigas, rumores e especulações, debates
acalorados sem qualquer importância, que, com frequência, significam muitos
mais apelos à irracionalidade do que exemplos de desportivismo e respeito pelo
adversário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Do que se sabe até agora, nada faz supor
alterações significativas na programação das televisões. E é pena, porque, como
escrevia hoje <i style="mso-bidi-font-style: normal;">[sábado]</i> o director de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Jogo</i>, ela «funciona como telescola
para cadetes e adeptos». José Manuel Ribeiro referia-se, sobretudo, à batota,
reconhecendo que «estamos a ficar anestesiados (ou cúmplices) a todas as
vigarices, pulhices e sonsices, fora e dentro do relvado». É triste e pode ser
dramático. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">O peso e a importância do futebol nas
sociedades modernas e avançadas merece outro tipo de abordagem, séria e
rigorosa. Sem ela, estarão as próprias televisões a fomentar cancros no
desporto mais popular à superfície da terra e, em última análise, a matar uma
galinha dos ovos de ouro. <o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-67400867968870034432018-07-12T23:21:00.002+01:002018-07-12T23:21:44.158+01:00O VAR não resolve, só pode ajudar<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjboD0kMlq5JSdLBP_Rb4k4FRurIrE5cv1rVPyFJfW_6BJ2UeeCd3eEGmw4herjmFGNMgIuUH45dpDno5da4YMoKtOV_pam5HpuAlBR0yM35zl2k2Jls_L3R5WCUXeH_IH6i1lCs7Z4gPe3/s1600/VAR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="652" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjboD0kMlq5JSdLBP_Rb4k4FRurIrE5cv1rVPyFJfW_6BJ2UeeCd3eEGmw4herjmFGNMgIuUH45dpDno5da4YMoKtOV_pam5HpuAlBR0yM35zl2k2Jls_L3R5WCUXeH_IH6i1lCs7Z4gPe3/s400/VAR.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">O Mundial de futebol está a chegar ao fim. No domingo se saberá quem é o
novo campeão do mundo, se a surpreendente Croácia ou previsível França.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">Como se viu, o caminho destes e das restantes equipas que participaram
nesta competição, foi também marcado pela actuação do VAR, nem sempre pelas
melhores decisões. Mas viu-se também que o VAR pode ajudar o juiz de campo, mas
está longe de resolver todos os problemas com que ele se depara durante o jogo
e está, por isso, longe de ser garante de transparência e imparcialidade.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span><span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">Não quero, porém, dizer com isto que o árbitro e os seus auxiliares
beneficiam ou prejudicam equipas de forma premeditada. Venho apenas constatando
que, agora na Rússia, tal como antes em Portugal, ao longo de toda época finda,
o VAR só pode ser um auxiliar precioso em determinadas situações que escapem
aos olhos do árbitro. Não mais que isso. A decisão continuará a ser tomada por
um ser humano e não por uma máquina.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span><span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">Assim sendo, tanto ou mais do que continuar a investir em tecnologias que
possam ajudar o árbitro, importa apostar forte a montante na formação e na
educação desportiva do praticante – desde os primeiros pontapés na bola – mas
também dos próprios árbitros, dos dirigentes desportivos, até dos jornalistas e
do público em geral.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span><span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">Em Portugal, a força das televisões tem tido, infelizmente, muito peso na (des)
educação do público e os restantes<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> media</i>
nem sempre ajudam, mas a Liga e a Federação têm igualmente grande
responsabilidade neste domínio. O futebol profissional é hoje em dia um espectáculo
desportivo e um negócio e é a Liga que tem o dever de promover e defendê-lo no
espeito pela ética e os valores que devem dar-lhe forma, enquanto à Federação
compete preparar e formar praticantes, árbitros e dirigentes. Sem isso, buscar
refúgio na tecnologia significa apenas demitir-se da responsabilidade humana. </span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="mso-ansi-language: PT;">O caminho até este dia não foi fácil para qualquer uma destas selecções, sobretudo
para a croata, que, em Moscovo, vai entrar em campo com a carga de três prolongamentos nas
pernas dos seus jogadores. E o onze inicial tem sido quase sempre o mesmo. Contudo, a presença na final é como a camisola de
líder numa competição velocipédica, um estímulo extra, que parece atenuar
fadiga física e mental.</span></span></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-90924696176467462242018-06-24T12:27:00.000+01:002018-06-24T12:27:29.409+01:00Contrastes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnF1J6GSLVj2QDMYKajtVN3Gntp3bkkUT4D0zZOmGFsBc2415vzpR64FaHgHEqVNzJjczaoIQ4_EygLpmBpOBsoyroEJjxwjR8pmB8GQrc3Q_bLpJZO5BKlWFN-th_031KYx10RhdAFRkZ/s1600/Ghazal+ZiariRecord.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="770" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnF1J6GSLVj2QDMYKajtVN3Gntp3bkkUT4D0zZOmGFsBc2415vzpR64FaHgHEqVNzJjczaoIQ4_EygLpmBpOBsoyroEJjxwjR8pmB8GQrc3Q_bLpJZO5BKlWFN-th_031KYx10RhdAFRkZ/s320/Ghazal+ZiariRecord.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ghazal Ziari/Foto Record</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Ghazal Ziari é jornalista e assistiu, na
bancada de Imprensa, aos jogos inaugural do Campeonato do Mundo entre a Rússia
e a Arábia Saudita. A presença dela naquele local não teria sido sequer
notícia, se não fosse o facto de ela ser originária do Irão, país onde devido a
uma lei com 40 ano, aprovada na sequência da revolução islâmica, as mulheres
estarem proibidas de entrar nos estádios de futebol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">«Já tinha ido ver jogos ao vivo, em
particular da minha selecção fora do país. Eu faço a cobertura do futebol
internacional e até consigo contornar esse obstáculo, mas tenho colegas,
mulheres jornalistas, que trabalham o futebol internacional na Redacção. Claro
que o objectivo é que todas nós possamos entrar nos estádios. Este tema, como
qualquer outro, tem pessoas de acordo e contra; logo, é preciso tempo para ser
resolvido», contou ao <i>Record</i> a
enviada-especial do <i>Khabar Varsehi</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0Upbg-RrqieQsA4nwOO_moca4-bG-UTJQk3JiPhNjzsF_CkPMzkv3VHUjhFKAOc2mBzWxWxgwHpXsdzB9fSIp07wG1XljEuxBxfpIExr0QpMY3rfotfO-qA8XbJKSIsVtWnJTIDJU7Mel/s1600/ClaudiaNeumnanTrendsmap.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="1000" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0Upbg-RrqieQsA4nwOO_moca4-bG-UTJQk3JiPhNjzsF_CkPMzkv3VHUjhFKAOc2mBzWxWxgwHpXsdzB9fSIp07wG1XljEuxBxfpIExr0QpMY3rfotfO-qA8XbJKSIsVtWnJTIDJU7Mel/s320/ClaudiaNeumnanTrendsmap.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Claudia Neumann/Trendsmap</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Porém, num país europeu, a Alemanha,
onde as mulheres vão ao futebol, de repente os machistas germânicos entendem
que uma mulher não pode comentar jogos de futebol. Para o efeito recorreram às
redes sociais para manifestar desagrado, nuns casos, e destilarem ódio noutros.
A visada, Claudia Neumann, jornalista do ZDF (segundo canal público alemão) de
54 anos, foi mimada com os mais disparatados comentários, em boa parte
grosseiros e insultuosos, e fez com que o Editor do Desporto saísse em defesa
dela. «Naturalmente, aceitamos todas as críticas, incluindo aos comentadores,
mas o que se passou com Claudia Neumann ultrapassou todos os limites», disse
Thomas Fuhrmann à <i>spiegel.online</i>. «Ódio,
maldade e insulto, isso não podemos tolerar».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Felizmente, não foi só o chefe que saiu
a terreiro em defesa da jornalista. Muitos camaradas de profissão, homens, fizeram
o mesmo. Felizmente, a jornalista iraniana é vista também como igual pelos seus
pares. «Sinto que todos os meus colegas jornalistas me tratam como uma
companheira de trabalho e ninguém me julga por ser mulher», disse ainda ao<i> Record</i>. Mesmo assim, como ela deixa
entender, há ainda um longo percurso a fazer no Irão, enquanto na Alemanha,
pelos vistos, começam a aparecer obstáculos no caminho já percorrido. <o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-8821354191058237112018-06-21T22:52:00.002+01:002019-06-14T19:37:23.629+01:00Ainda bem que há surpresas!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Yxe7XLRH8_VLLWnEL9pXltRFPmLS0CFknSqw9hGQVFXyhJPyE93S0rYCaKr_fgTCFQGajM5rUaa3D70ps6Tmrut2XQKNyZUyjrbcv2nyIiINU6-PnH9PfCLgx804S0mp-LNNZKjq3X1N/s1600/prognosticos-argentina-croacia-copa-mundo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="765" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9Yxe7XLRH8_VLLWnEL9pXltRFPmLS0CFknSqw9hGQVFXyhJPyE93S0rYCaKr_fgTCFQGajM5rUaa3D70ps6Tmrut2XQKNyZUyjrbcv2nyIiINU6-PnH9PfCLgx804S0mp-LNNZKjq3X1N/s400/prognosticos-argentina-croacia-copa-mundo.png" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Felizmente, há sempre
surpresas nas grandes competições desportivas, especialmente nas de futebol.
Umas maiores do que outras, é verdade, mas sempre surpresas. Estou certo de que
só os mais pessimistas admitiriam antes do jogo começar que a selecção
argentina iria perder por margem expressiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;">A Argentina é, digamos
assim, uma velha nação do futebol, já venceu o Mundial em 1978 e tem em
Maradona a grande estrela, acima de muitos outros grandes futebolistas da
selecção alviceleste, enquanto a Croácia é uma jovem nação em tudo. Portanto,
até no desporto mais popular do planeta, a que Pascal Boniface já baptizou de
«único fenómeno verdadeiramente globalizado».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;">A Argentina perdeu e
perdeu bem. Messi mal se viu e os companheiros de equipa nunca foram capazes de
se superiorizarem aos croatas, individual e colectivamente. Os argentinos podem,
sim, lamentar ou queixar-se da intervenção azarada do guardião Caballero, mas
no mais devem assumir que estiveram muito aquém do que podem e sabem, táctica e
estrategicamente. Um ponto, um golo marcado e quatro sofridos em dois jogos é
pecúlio muito fraco. Ainda não está eliminada, mas já depende de terceiros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Humilhante esta derrota?
Não! Como se diz na gíria, é futebol. E ainda bem que há surpresas… A
popularidade do futebol deve-lhe muito.<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-61470598457810031892018-06-20T23:32:00.000+01:002019-06-14T19:38:19.220+01:00Recordar, para que jamais se repita Lens<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS96VOViccFPboJlDTH2KJHik4ksD13BHJvHxy_dkweBSWLKdNi95CoUtdWGY-768noERsAlBaiWGx30T7Ag7erFNhaJW1h8VMhmAJo_QBIaXePlEQs-N4XhbULKwO6vSopjHyjeijvcfP/s1600/Daniel+NivelHooligansSpiegel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="860" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS96VOViccFPboJlDTH2KJHik4ksD13BHJvHxy_dkweBSWLKdNi95CoUtdWGY-768noERsAlBaiWGx30T7Ag7erFNhaJW1h8VMhmAJo_QBIaXePlEQs-N4XhbULKwO6vSopjHyjeijvcfP/s320/Daniel+NivelHooligansSpiegel.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><b>Faz hoje precisamente 20 anos que a
pequena cidade de Lens, no noroeste de França, foi palco de um dos mais graves
e violentos incidentes, que não só manchou o Mundial que decorria no país como
a imagem da Alemanha.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Naquele já longínquo dia 21 de Junho, um
domingo, a selecção alemã defrontava a congénere Jugoslávia, e Lens atraiu,
naturalmente, muita gente para o que se pensava ser uma festa, dentro de fora
do estádio. Porém, entre os visitantes, um grupo se destacou pelos piores
motivos, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hooligans</i> germânicos, que,
aos gritos de «estamos de novo em marcha», fazendo lembrar a ocupação da cidade
pelos alemães nas duas guerras mundiais, não só destruíram bares, vitrinas e
janelas, cadeiras e esplanadas e, mais grave ainda, espancaram um polícia com
tal violência, que ficou incapacitado para a vida inteira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">«Saímos de autocarro no sábado, à noite,
passámos a viagem a beber e nem dormimos. Manhã cedo, entrámos no primeiro bar
e noutros durante todo o dia», confessou, em tribunal, Markus F., citado pela <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Kicker online</i>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas a embriaguez não justifica tudo. Na mente
daquela gente havia algo de premeditado e sádico prazer pela violência gratuita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">A vítima chama-se Daniel Nivel, tinha
então 43 anos, que foi barbaramente espancado durante dois minutos. «Aquilo não
era pontapear, era esmagar», comentou mais tarde Walter F., o autor da foto que
correu o mundo. Balanço trágico: múltiplas fracturas de crânio, fractura de uma
cavidade ocular, lesão de uma vértebra cervical e perda de massa encefálica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">O então chanceler alemão, Helmut Kohl,
qualificou os incidentes como «vergonha para o país», enquanto Egidius Braun,
ao tempo presidente da Federação Alemã de Futebol chegou a admitir retirar a
selecção da competição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Daniel Nivel só recuperou a consciência depois
de ter estado seis semanas em coma no Hospital de Lille e só então se apercebeu
da gravidade das lesões. Pai de dois filhos, o ex-agente da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gendarmerie</i> tem metade do corpo
praticamente paralisado, parcialmente cego e mal pode falar e cheirar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT;">Recordar é preciso, para que jamais se
repitam cenas como aquelas que, há vinte anos, destruíram para sempre a vida de
agente da polícia francesa. Os valores que o desporto encerra são de paz e
tolerância com os quais se cimenta a amizade entre os povos em festas como
devem ser também as grandes competições.<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-18114019595966974882018-06-17T13:07:00.001+01:002019-06-14T19:38:56.955+01:00A vibrar, claro, mas sem bandeira nem cachecol<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjejGpRsXHEB_WmDF5RsCEb651g1Dpmr6cGAteySvj13GhFBB9sDz6i3hYEMUz_8cLaoS56ontlloN7K4IA1zImm6WJp-hL55Dk0ayioktiqC28flPE1wj38Mt4DIIlfQa2ZxmTDPnlp0vF/s1600/Cristiano-Ronaldo-e-Martunis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="305" data-original-width="600" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjejGpRsXHEB_WmDF5RsCEb651g1Dpmr6cGAteySvj13GhFBB9sDz6i3hYEMUz_8cLaoS56ontlloN7K4IA1zImm6WJp-hL55Dk0ayioktiqC28flPE1wj38Mt4DIIlfQa2ZxmTDPnlp0vF/s320/Cristiano-Ronaldo-e-Martunis.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Não é no futebol que revejo o meu amor à pátria e muito menos embarco num
nacionalismo bacoco e populista que surge sempre que há campeonatos da Europa
ou do Mundo e que cresce e se reforça à medida que a selecção avança no
calendário. Tenho noção exacta de como o futebol é capaz de aglutinar
comunidades, ao ponto de fazer com que uma equipa se transforme em símbolo de
uma identidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Entendo, porém, que este orgulho não deve fechar portas a quem, vivendo
entre nós e connosco, se revê também na alegria dos golos desse futebolista de
eleição nascido na Madeira ou de que qualquer outro futebolista português, como
nepalês que veste a camisola de CR7 ou paquistanês, que ainda aproveita a que
tinha do tempo em que Deco foi também estrela do FC Porto e do onze nacional.
Aliás, o exemplo é dado pela própria selecção, ao integrar jogadores filhos de
guineenses, cabo-verdianos, angolanos, brasileiros… e que já nasceram cá ou, se
não nasceram, se identificam como portugueses, como eu. Pepe é um bom exemplo.
Tão bom, que até é um dos capitães da equipa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">E penso também no que o futebol e a selecção representam para os
portugueses que tiveram de emigrar e muito mais ainda para os seus filhos e
netos que, da pátria com que se identificam, por vezes, pouco mais sabem do que
ouvem as famílias contar. Comunidades que esperam também dos povos que as
acolheram compreensão e tolerância na hora dos festejos ou dos lamentos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">A nossa história diz-nos que temos sido ao longo de séculos um povo de
emigração, mas revela-nos hoje que somos também um povo de acolhimento, pelo
que, se desejamos que os outros nos aceitem, devemos saber igualmente receber
bem quem procura a felicidade no nosso País. Quem vem por bem, bem-vindo deve
ser sempre. Até porque a alegria de quem aqui vive, portugueses e não
portugueses, não deve estar dependente dos resultados de uma selecção de
futebol, embora todos saibamos que quantas vezes é ela que desperta nos rostos o sorriso tantas
vezes negado pela agruras da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Não uso cachecol nem tenho bandeira na varanda, mas vibro com cada golo de
Cristiano Ronaldo, com qualquer golo dos jogadores portugueses, e enche-me de
alegria cada vitória da selecção nacional. Sofro a ver os jogos, sempre na
expectativa de que o remate leve a bola a bater no fundo da baliza ou
que Rui Patrício lhe trave o andamento, impedindo isso mesmo. Não sou,
portanto, imune às emoções que o futebol desperta… Vibro, claro, mas enche-me
também de alegria ver o meu vizinho estrangeiro festejar ou sofrer connosco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-39053842959211155652016-09-18T16:02:00.000+01:002016-09-18T16:06:24.047+01:00Sou telespectador! Não façam de mim consumidor!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexZ3x098FDf3DO_6xbP5qxPVm9BIrWzbP7EWMO_kJLQoBMRQwXeLm1db2DQ0rS3DYaAIwrDNTUXxrqVi8oH_q1j7Anty2Ob1Ksfao1Daj_378Iu78ki8rl2dm-btjipb_emV9oBgWdX9R/s1600/Televisao-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjexZ3x098FDf3DO_6xbP5qxPVm9BIrWzbP7EWMO_kJLQoBMRQwXeLm1db2DQ0rS3DYaAIwrDNTUXxrqVi8oH_q1j7Anty2Ob1Ksfao1Daj_378Iu78ki8rl2dm-btjipb_emV9oBgWdX9R/s200/Televisao-1.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Na linguagem tecnocrática muito em voga, incluindo na boca de
muitos jornalistas, eu sou um consumidor de noticiários televisivos. Ora, se
assim é, como encontro diariamente muitos defeitos nas notícias que me vendem,
acho deveria exigir o Livro de Reclamações, para, no mínimo, lavrar o meu
protesto. </span><span style="font-size: 14pt;">Desconheço, porém, a existência de tais brochuras em qualquer das
estações portuguesas, privadas ou pública, pelo que me valho desta criação de
um homem com nome adocicado Mark Zuckerberg (monte de açúcar), o Facebook,
para, de vez quando, dar conta das minhas amarguras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como consumidor, sou, assim, posto entre aqueles que enchem
as folhas de Excel que as chefias e as direcções dos referidos canais consultam
diariamente para avaliarem subidas ou descidas nos índices de audiência e no
«share». É assim que elas me vêem. A mim e a todos os telespectadores.
Infelizmente. Dentro desta lógica, o cidadão que gosta de estar informado sobre
o que vai acontecendo no país e no estrangeiro vale muito pouco. Diria até que,
para alguns, mesmo nada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Estes alguns são os que pensam e defendem que, se a notícia
não vende, não presta. São os que consideram pré-histórica aquela velha máxima,
segundo a qual um órgão de informação deveria informar, formar e entreter. Em
meu entender, os órgãos públicos deveriam ser mesmo obrigados a respeitá-la.
Mas, infelizmente, quem os lidera guia-se também por políticas mercantilistas
e, pior, o patrão (Estado), cujo poder é exercido pelo Governo não é capaz de
os pôr na linha. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Não me resigno a esta ideia de que os tempos mudaram e nada
mais há fazer. Tenho consciência de é que é muito difícil contrariá-la, mas sei
que não é impossível. Mas, para isso, é preciso remar contra a maré e exigir da
tutela que respeite o cidadão e os direitos que lhe assistem consagrados na
Constituição da República. A batalha pode e deve ser travada por quem assim
pense também, desde logo para fazer ver a quem pode decidir sobre a matéria
que, no caso da televisão pública, o cidadão não pode ser visto e contabilizado
como mero consumidor. Eu, pelo menos, quero continuar a ser telespectador.
Atento e interventivo. Elogiando, quando se justificar; criticando, quando
tiver de ser. <o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-88776171080015815092016-09-18T15:57:00.001+01:002016-09-18T15:57:18.854+01:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-16025399198868495052016-08-30T16:37:00.000+01:002016-08-30T16:37:19.951+01:00Deixo aqui um recado e daqui lanço um alerta<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Tempos houve em que os jornalistas sentiam orgulho e se
esforçavam para corresponder a um <i>slogan</i>
que exortava à leitura e visava inspirar confiança no leitor: <b>Ler jornais é saber mais</b>. Deixou de
ser. Infelizmente. E parece que ninguém se importa. Vende mais quem se
aproximar do pasquim. O que interessa é fofoca e maldizer. E, se vende mais, é
porque há quem compre. Uma tristeza!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com frequência preocupante, os narradores/comentadores de futebol
falam do jogador como tendo necessidade de revelar proximidade e até relações
de amizade, como o demonstra o uso do artigo definido antes do nome. «Vai agora
entrar<b> o</b> Manel Joaquim por troca com
<b>o</b> António Manuel» ou «que disparate
acabou de fazer <b>o</b> Augusto Silva» e
por aí adiante. Outras vezes, a gente chega a pensar que o nome é função. Dizem
<b>o</b> Marcelo – assim mesmo, sem nome de
família – quando deveriam dizer <b>o</b>
Presidente da República. Desconhecem, seguramente, que o artigo definido
antecede a função e que, formalmente, as declarações são importantes e
justificam divulgação, por se tratar do Chefe do Estado, de um dirigente
partidário ou desportivo, de um deputado ou de um médico, conforme o contexto,
e não por terem proferidas por sicrano ou beltrano. Aliás, é até curioso
verificar que algumas dessas pessoas, logo que deixam as funções, desaparecem,
pura e simplesmente, do espaço mediático.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Outro exemplo desta enervante familiaridade é a entrevista em
que o entrevistador trata por <b>tu</b> o
entrevistado. Não há o mínimo de preocupação com a lei do distanciamento. E se se
trata de entrevistar um futebolista, como Cristiano Ronaldo, nada como mostrar
claramente que o jornalista faz parte do círculo mais próximo da estrela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas voltemos aos disparates. Pelo que leio e oiço, já ninguém
<b>lança </b>um alerta ou <b>manda</b> um recado. Agora,<b> deixa</b>. O verbo <b>deixar</b> adquiriu outro valor semântico e serve para tudo. Para
recado, alerta, aviso, etc… Já o verbo <b>pôr</b>
caiu no esquecimento.<b> Colocar</b> também
serve para tudo. Já não se põe os pontos nos i, coloca-se. Qualquer dia, ainda
vamos ouvir alguém dizer: olha que te <b>coloco</b>
no olho da rua!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Preocupante é também verificar que tanta gente desconhece que
<b>desde</b> é advérbio de tempo. Exemplos:
«… vindo o criativo <b>desde</b> a faixa».
Este excerto foi copiado de um diário desportivo, mas, com mais frequência se
ouve nas televisões e nas rádios «desde Madrid… fulana de tal» ou «desde Luanda…
sicrano» ou aquela outra forma, igualmente, disparatada, «a partir de Madrid, a
partir do estádio do Dragão…», como se fosse preciso dar ideia de movimento,
sempre que faz uma ligação ao exterior. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Desde</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> é, nestes casos, um castelhanismo,
como <b>pontos percentuais</b> são um
anglicismo. Em Portugal, nas décimas, centésimas e milésimas usam-se <b>vírgulas</b> e não <b>pontos</b>. Os pontos são preciso, isso sim, nos ordinais, por exemplo
(51.º) para que não apareçam com sentido errado, como se vê amiúde nos jornais
e nos rodapés dos noticiários escritos de forma que a leitura sugere graus. Da
temperatura ou dos ângulos. Por falar em ordinais, apetece-se ainda dizer que
me vou convencendo de que muita gente nem sequer os sabe ler. Exemplo: fulano
de tal é o <b>121</b> do <i>ranking</i> tal, em vez de <b>centésimo vigésimo primeiro</b>. E não me
venham, por favor, com a treta de que é mais curto e inteligível…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A escrita, mas sobretudo o que se diz nas rádios e nas
televisões, revelam bem, além da má preparação ou da preguiça de muitos
profissionais, como somos pequeninhos e tacanhos. Fala-se como se estivéssemos
no café à conversa com amigos e, na escrita, reproduzem-se os dislates com que
diariamente nos ferem os ouvidos. Por isso mesmo, aqui deixo um recado –
esforcem-se, aceitem humildemente as correcções de quem sabe mais – e lanço um
alerta: a preguiça é má conselheira e enveredar pela via do lugar- comum e do
facilitismo é o caminho mais rápida para a incompetência. <o:p></o:p></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-4520487482278074752016-06-24T15:35:00.000+01:002016-06-24T15:35:43.224+01:00Só podia dar no que deu: Brexit!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipxHqVDUoE1saJ-R8ONatPrrnb8um1dM8o2lcaS4R83Mq9y0no_wyIYl4ti6FwjDDjsHID8ATjSLoDmP3Z1ERyoVCa4G6RLBqws4tM6-QUdsYmj9Mt2UaPkMlyaMxbQggWp1z7VWwbaJHi/s1600/Brexit-Grexit-EU-Cartoon.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipxHqVDUoE1saJ-R8ONatPrrnb8um1dM8o2lcaS4R83Mq9y0no_wyIYl4ti6FwjDDjsHID8ATjSLoDmP3Z1ERyoVCa4G6RLBqws4tM6-QUdsYmj9Mt2UaPkMlyaMxbQggWp1z7VWwbaJHi/s400/Brexit-Grexit-EU-Cartoon.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando a avareza se sobrepõe à partilha,
quando o egoísmo vence a solidariedade, quando interesses mesquinhos, a coberto
da promessa de um nacionalismo redentor, mobilizam o cidadão, só podia dar no
que deu. Quase 52% dos britânicos
decidiram-se pelo abandono da União Europeia (UE) e o chamado poder europeu
pode estar ferido de morte. Depois do Reino Unido, qua acabará por se
desagregar, outros Estados-membros vão querer regressar ao passado e, passo a
passo, acabará a própria União Europeia por se desmembrar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cada vez mais fica claro que
globalização e integração são eufesmismo de uma política de exploração
desenfreada de baixos salários e de aniquilação de direitos sociais que os
burocratas de Bruxelas vêm pondo em prática sobretudo desde o início dos anos
90 no interesse dos grandes poderes económicos e total desprezo pela vontade
popular expressa em votos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre as muitas possíveis
consequências do Brexit está, sem dúvida, uma muito provável guinada à direita,
aglutinando gente que faz do nacionalismo, do populismo, do racismo e da xenofobia
o fermento das suas forças. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A União Europeia são centenas de
milhões de pessoas e não números simplesmente. Por mais que certos políticos e
burocratas da política invoquem a frieza de cifras em folhas excel não há projecto humanista que possa vingar, se não houver ética e respeito pela dignidade
humana. O lucro pode mover uma sociedade, mas não pode ser razão de tudo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As políticas definidas por
Bruxelas são podiam dar no deu: Brexit! E outras saídas se prenunciam já. Se a
União Europeia ainda tem salvação, o que duvido muito, muita coisa vai ter de
mudar depressa, a começar no respeito pelo cidadão e pelo seu voto. </div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-79186711033558608982016-06-19T23:59:00.000+01:002016-06-19T23:59:03.867+01:00Outra forma de mostrar e de ver o Euro-2016<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0dMR-8kSXCJ_rpybbiu1fIMraL1aclj0jZRh0ez15FDWO5Kw8e6GTXhUUeA6GC-k3EvTqd78nd1qSiFqhmI47PYYc0YziXPkzIsBdyXgjL8YiPiulf5ugeyb22PbYsI8utJrX5pgkvvNK/s1600/oliver-kahn-zdf-sascha-baumann-620x300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0dMR-8kSXCJ_rpybbiu1fIMraL1aclj0jZRh0ez15FDWO5Kw8e6GTXhUUeA6GC-k3EvTqd78nd1qSiFqhmI47PYYc0YziXPkzIsBdyXgjL8YiPiulf5ugeyb22PbYsI8utJrX5pgkvvNK/s320/oliver-kahn-zdf-sascha-baumann-620x300.jpg" width="320" /></a><span style="text-align: left;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Alemanha, os jogos do Euro-2016 são transmitidos em alternância
pelos canais públicos ARD (1.º canal) e ZDF (2.º canal): os jogos são
comentados no estádio por um só jornalista, tido como «expert» e, quem vê e
ouve, percebe como eles estão bem preparados e sabem o que é comentar uma
partida de futebol em televisão. Desde logo, não se perdem em palavreado
interminável e narrações do óbvio, aquilo que o espectador está a ver. E até os
nomes dos jogadores são pronunciados correctamente. Sei do que falo, porque já
várias vezes fui eu que lhes ensinei os portugueses. Já agora, quando
vivi na Alemanha, trabalhei na rádio e foi lá que aprendi que este pormenor –
profissionalismo exige ou deveria exigir boa pronúncia dos nomes: basta uma chamada para a embaixada do país da respectiva selecção ou equipa. Há sempre alguém que ajuda. É que não há
nomes impronunciáveis. Melhor ou pior, treinando-se, consegue-se sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O lançamento do jogo é feito em estúdio por um moderador com
outro «expert» - Mehmet Scholl, no ARD, e Oliver Kahn, no ZDF, ambos antigas
estrelas do Bayern de Munique; no intervalo ambos comentam a primeira parte e,
no final, comentam o jogo. Quando a partida termina, se o jogador fala alemão,
a conversa de estúdio dá lugar à «Flash interview»; se não fala, poucos minutos
depois, ouve-se o que ele disse com gravação simultânea. Há que esperar apenas
o tempo de tradução e da gravação da voz «off». Sempre que joga a selecção
alemã, é o seleccionador que se dirige ao estúdio improvisado no estádio, para
se submeter às perguntas de um ou uma repórter. Pode também aparecer um jogador
que se tenha destacado, ou não. Tudo como deve ser: conversa em ambiente de serenidade, sem ruídos de fundo nem gritos histéricos. Mas também fica claro que a federação alemã colabora com os canais que transmitem os jogos e abre as portas dos estágios nas vésperas dos jogos para que os «media» possa tem acesso aos jorgadores e não só. Boas práticas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Feito isto, pode ainda haver uma ou outra peças
sobre a selecção alemã e sobre outras, bem como sobre o país ou os adversários
da Alemanha, ou sobre os mais diversos apectos: curiosidades, históricos, etc…
E termina sempre com uma montagem de texto e imagem sempre carregada de muito
humor. Tudo em 30 a 45 minutos após o jogo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois, a vida continua… Sempre que posso, é nestes canais
que vejo o Euro, jogos de Portugal incluídos. Neste caso, sinto-me feliz por
falar alemão e lamento que não seja uma língua que a esmagadora maioria dos
portugueses falem e compreendam. <o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3137328163580934465.post-58567079767875866042016-06-18T01:43:00.000+01:002016-06-18T01:43:06.097+01:00Quem não se sente, não é filho de boa gente<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikchENewVRB4e-HIRLvxWmn4poQlMsol3Q6R6tbhIh7yX5jqpUp9-13fqWZ1TdGy_EJQvwgHYuGzuTi8XQPqQkp1fYwbnzyeDi0-5UiOlAsV1vhM6makErTj0fKHy37y0HVK_okg0ZUMNh/s1600/FernandoSantosFPF.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikchENewVRB4e-HIRLvxWmn4poQlMsol3Q6R6tbhIh7yX5jqpUp9-13fqWZ1TdGy_EJQvwgHYuGzuTi8XQPqQkp1fYwbnzyeDi0-5UiOlAsV1vhM6makErTj0fKHy37y0HVK_okg0ZUMNh/s320/FernandoSantosFPF.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Seleccionador nacional, Fernando Santos (FotoFPF)</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O seleccionador nacional saiu em defesa de Cristiano Ronaldo, alvo de críticas após o jogo com a Islândia. Compreende-se. Desde logo, para proteger o jogador, para lhe fazer ver que ele tem toda a protecção no grupo. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Fernando Santos tentou desvalorizar as críticas e aproveitou a ocasião para tecer ele também críticas ao seleccionador da Islândia, outros elementos do «staff» e até ao público islandês pelo comportamento durante o j</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">ogo em relação a Pepe e a Cristiano Ronaldo. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />Disse ele: «quem não se sente, não é filho de boa gente». Tem razão. Mas não inteiramente, quando pretende justificar um comportamento criticável – queria ou não queira vê-lo assim – com outro igualmente criticável. Cristiano Ronaldo é mais do que o melhor jogador da selecção, da Europa e do mundo. Cristiano Ronaldo é hoje uma estrela planetária, um ídolo, inclusivamente idolatrado por muitos. Creio que ele tem consciência disso. Tem de ter. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O estatuto que alcançou exige, por isso mesmo, comportamento adequado. Frustrado ou zangado com o empate, Cristiano Ronaldo não pode deixar de saudar os apoiantes no final da partida, de lhes agradecer o apoio. Mais, enquanto capitão, deve ser a aglutinar os restantes companheiros de equipa e até os do banco. Muita daquela gente que vai aos estádios em França vai também para vê-lo e espera dele um sorriso, um aceno, um gesto. E entre muita dessa gente – sobretudo entre os nossos compatriotas a trabalhar em França e em países vizinhos – há também quem pense como Fernando Santos: «quem não se sente, não é filho de boa gente».</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0