quinta-feira, 3 de setembro de 2020

MEU PESAR POR DITO

 


Há notícias que recebemos como socos no estômago. Uma delas é a da morte de Eduardo José Gomes Camassele Mendes, ex-futebolista e ex-treinador de futebol popularmente conhecido por Dito, diminutivo de Eduardo que o acompanhou toda a vida. 

Foi um dos primeiros grandes jogadores que entrevistei, no regresso a Portugal após os anos de Berlim. A primeira, quando ele começava a evidenciar-se no Sp. Braga. Foi em Apúlia, num dos restaurantes de peixe junto à estrada, creio que «Os Mudos». 

A obtenção da segunda foi mais difícil. Desejado pelo FC Porto e pelo Benfica, os concorrente de A BOLA desejavam o mesmo que nós. Valeu aí ele ser o que se imagina de quem tinha a alcunha de «Mula», creio que criada por Quinito, outra grande figura do clube minhoto. 

Dito alinhou comigo na proposta que lhe fiz e garantiu que a entrevista seria minha. Como o pai era galego e tinha família na Galiza, eu dei uma notícia falsa, colocando dito em Vigo, e, um dia depois, lá estávamos nós a conversar em Barcelos, sua terra natal, no belo jardim das Barrocas, acho que é assim que se chama, a escassas centenas de metros da viela onde o pai tinha uma tasquinha. 

Dito foi para a Luz, mas deixamos de nos ver com a frequência com que o encontrava em Braga. Mesmo assim, ficámos amigos. Meus sentidos pêsames à família.

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