sábado, 5 de julho de 2014

A incrível força do futebol a unir a Bélgica

Em francês é «Belgique», em flamengo, «België». Os flamengos são pouco mais de dois milhões de uma população de cerca de 10 milhões e meio de habitantes. Há cerca de um mês, a população flamenga disse em referendo que não se importa de ver o reino dividido. Duas línguas, duas realidades distintas, uma ameaça real. O norte fala flamengo e entende que não tem nada a ver com o sul, que fala francês.


Lidar com este problema não é fácil. Requer perícia diplomática e, claro, domínio de dois idiomas. Que o diga o primeiro-ministro, Elio di Rupo. A solução parece estar no futebol, pelo menos até agora, e «Belgium» parece ser a palavra-chave, a que se vê em cachecóis e camisolas dos fãs.


Se há algo que, desde o passado dia 12 de Junho une flamengos e valões é, sem dúvida, uma linguagem diferente daquelas, a linguagem do futebol, e tanto vale gritar Diabos Vermelhos em francês, (Diables Rouges) como em flamengo (Rode Duivels), que o entusiasmo é o mesmo entre valões e flamengos.


Curiosamente, quem para isso tem contribuído e até de forma determinante são, entre outros, dois jogadores, cujas funções em campo visam dar força e unidade ao futebol da seleção belga: Axel Witsel e Marouane Fellaini, o primeiro com ascendência na Martinica e o segundo em Marrocos. Aliás, o african look de ambos mostra bem que de belgas puros não se pode falar, se é que eles existem.


Mas, com mais ou menos pureza, ei-los puxando por uma seleção que tem conseguido o que a política não alcança: unir os belgas. Até quando?

Vem aí o futuro!

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